segunda-feira, 30 de junho de 2014

Algumas verdades precisam ser faladas.

Ando vivendo muitas situações ultimamente. A partir do que vivi, faço mais alguns esclarecimentos pra você, rapazinho cis hetero que conhece pouco de mim e porventura me leia.

Primeiro, ser trans nunca foi, não é, e nunca será sinônimo de ser puta. Tire essa ligação torta e estúpida da sua cabecinha já!
Se ser mulher pra você se resume a "ter uma vagina", vá a um sex shop e compre uma boneca inflável, ou se tiver condições, aquelas vaginas de borracha. O custo/benefício é maior e você nem precisa conversar com ela.
Se uma menina disser pra você que você é trans, decida-se logo. Se não se sente pronto pra encará-la, diga educadamente que não curte e dê tchau, sem conversinha nem muita explicação. E se não quer ser amigo, nem peça o número, porque agenda telefônica e whatsapp ocupam um bom espaço no telefone.
Não pergunte de cara coisas sobre "qual seu antigo nome", "você vai operar", "você gosta de usar o pinto" e outras indelicadezas do tipo. Da mesma forma que pega muito mal alguém perguntar de cara se seu pau é grande ou se você tem algum nojo com lamber buceta, começar seu diálogo com uma menina trans por essas perguntas invasivas pega muito mal.

E por hoje chega. Se eu lembrar de mais coisas, atualizo.

PS: mesmo ainda achando a palavra "cis" super estranha, já to me acostumando a usá-la de vez em quando.

domingo, 1 de junho de 2014

O olhar, a entrega

Uma vez me disseram que eu tinha olhar de quem se entrega totalmente.
Isso faz parte da minha natureza: me entregar, sem olhar a quem.
Posso me machucar ou posso me surpreender com essa atitude.
Às vezes penso que deveria ser mais dissimulada nesse jogo.
Infelizmente não consigo; prefiro me entregar totalmente.
Mesmo com o risco de ter de catar meus cacos depois.